O controlo está nas mãos de programas informáticos de analise do R (CE) 561 e R (EU) 165/2014. Isto temos documentado, palavra por palavra, pelo menos num documento emitido pela Policia Austríaca, em que reconhecem não ter esse controle.
Pelo que, se esse controlo está nas mãos de programas e não das Policia,? O que aconteceria se esses programas se revelassem contra os seus criadores e se dotassem de autonomia para multar os condutores sem nenhum controlo por parte das autoridades e sem cumprir as Leis? Como o HAL 9000 mas nas estradas em 2016.
E muito provável que isto já esteja a acontecer e as consequências são devastadoras para os condutores e para as Empresas de Transportes.
Em 12/03/2016 vimos em Champigneulles (França), como dois camiões de uma empresa eram multados em 33.675 euros no total. porque o programa OCTET (programa de controlo utilizado pelas autoridades Francesas) interpretava que a disponibilidade em equipe não interrompia a condição continua.
Estamos convencidos que foi uma nova versão do programa OCTET programado especialmente para isto, mas nenhum outro Pais da Europa o aceitava. Posteriormente controlamos mais de 200.000 euros em multas pela mesma razão.
Finalmente em 26/04/2014 e vendo o cariz que os acontecimentos tomavam a Comissão Europeia, através da Directorade Generale Move, convocou uma reunião para analisar o caso. Nessa reunião e em frente a um restrito e seleto Auditório, o representante Francês disse que “França não tinha mudado a interpretação de condução continua” e entregou essas multas a Agentes isolados.
Se isto for verdade, e não temos razões para duvidar, significa que o OCTET assumiu o controlo do sistema. Que as multas não são aplicadas segundo a Lei nem segundo a interpretação Francesa, quem as aplica é o OCTET porque tomou controlo do sistema e começou a “matar” por sua conta.
No que não temos duvidas, é que o comportamento do OCTET é este, e temos amplamente documentado e disponível para as autoridades que o desejem ver.
E isto pode estar a suceder, mas dissimuladamente, em todos os Países da Europa que controlam o R (CE)561/2016. Pode não, sabemos que se está a passar em toda a Europa. Temos provas.
Mas o que não nos contaram nem ao Stanley Kubrick no #2001 Odisseia no Espaço”, nem ao Ridley Scott no “Blade Runner”, nem ao Alex Garlan no “Ex Machine” é que a inteligência artificial pode ser controlada teoricamente. Sim pode. Mediante a teoria chamada Verificação formal do software. Teoricamente seria possível controlar com esta técnica o sofware de inteligência artificial, mas matematicamente é tão complexo que por agora nem tudo e possível.
Mas para o nosso caso, para o software de controlo da R(CE)561/06 e R (EU) 165/2014 (referimo-nos ao sofware que controla o funcionamento do tacógrafo) existe já um modelo matemático formal de verificação, que impede que qualquer programa ou Engenheiro “Brilhante” faça o que quer. A Comissão Europeia sabe, e significaria uma pequena revolução tecnológica.
Agora pensem no vosso camião, que batizaram de Discovery 1, e o colocam rumo a uma descarga numa Fábrica em Júpiter. Esse camião está equipado com um tacógrafo da marca Hall, e a versão desse software é o 9000. No caminho, o tacógrafo começa a falar consigo docemente dizendo que está a exceder o tempo de condução contínua e que deve parar. Você sabe que não é verdade, mas obedece ao Hall - 9000? Vai contradizer quem esta a dirigir a sua viagem a Júpiter?
E quando o Hall – 9000 lhe começar a dizer que não descarregou cartão de condutor nos últimos 30 dias e que o deveria fazer? O que fazer com o arquivo do condutor descarregado no dia anterior?
E quando lhe indicar que você viajou até ao futuro, até ao Km 16.777.777 com a data de 07/02/2016, 06:28.15?
É decisão da EU defender os seus cidadãos ou não contra as máquinas.
Guillermo Errezil
Físico teórico